Falta de saneamento provoca doenças em 33% dos municípios de MS

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que 26 das 79 cidades sul-mato-grossenses tiveram registros de doenças associadas à falta de saneamento básico, o que representa 33% dos municípios. 
Os dados foram compilados a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda que o percentual deixe a desejar, o número de domicílios que contam com atendimento de coleta de esgoto melhorou e soma 45,2%. 
De acordo com a especialista em infraestrutura da CNI, Ilana Ferreira, no Brasil, o setor com maior déficit de atendimento e com maiores desafios de expansão é justamente o de saneamento básico. Na avaliação dela, os impactos na saúde da população são inestimáveis.
“De acordo com os últimos dados que nós temos, por exemplo, em 2016, mais de 3 mil crianças com menos de 5 anos faleceram no Brasil em razão de diarreia, que é uma doença associada a baixo acesso à água tratada”, destaca Ilana.

CENÁRIO REGIONAL
Para melhorar a situação em Mato Grosso do Sul, o setor privado pretende investir, nos próximos anos, R$ 255 milhões em saneamento no estado. Atualmente, a capital Campo Grande ocupa a 26ª posição no ranking nacional do setor, segundo o Instituto Trata Brasil.

PROPOSTA
A Medida Provisória 844/2018 prevê que a Agência Nacional de Águas (ANA) tenha competência para elaborar normas nacionais para os serviços públicos voltados à área de saneamento básico.
O projeto prevê, ainda, a necessidade de abertura de licitação para obras de água e esgoto. Até a edição da MP, era permitido às prefeituras realizarem esses trabalhos com empresa pública sem licitação.
Pelos termos da MP, a ANA também fica responsável pela atuação nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana.

fonte:https://www.correiodoestado.com.br
 

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